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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Todos os Presidentes do Brasil estão sob Investigação Policial

Os animais têm muito mais valor do que nós, hoje em dia. Só saberemos disso no dia que estivermos na rua. Não tenho esperança na mudança, mas é bom pra refletir. Então... Os Cristãos de hoje fizeram um novo mandamento: "Amem a vossos cães como a si mesmos, e odeiem seus indigentes"... Leia mais sobre esse tema: http://drickaotv.blogspot.com/2016/06/se-fosse-um-mendigo-teria-1-milhao-de.html

"Todos os presidentes do Brasil estão sob investigação policial

Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma têm a polícia à perna. Faltava Sarney. Já não falta. O Planalto já não é lugar seguro nem para Temer, o atual inquilino. Observadores aprovam com cautela

Por João Almeida Moreira em 12 junho 16

Em 2012, nas sondagens de opinião publicadas no Brasil sobre o julgamento do mensalão, escândalo de corrupção nos anos 1990 que envolveu a cúpula do governo de Lula da Silva (PT) e deputados da sua ampla base aliada, a maioria dos inquiridos respondia que o caso não ia dar em nada. "Já viu ricos e poderosos na cadeia neste país?", argumentava o cidadão comum entrevistado na rua. Tornou-se consensual dizer, em reuniões de cafés, fóruns de internet ou mesas-redondas na TV, que "vai terminar tudo em piza", a expressão brasileira equivalente a "acabar em águas de bacalhau". Como se sabe, o mais mediático dos réus, José Dirceu, histórico do PT e todo-poderoso ex-ministro da Casa Civil de Lula, foi mesmo condenado a mais de dez anos de prisão. O presidente e o tesoureiro do partido idem, além de dezenas de políticos e gestores.

Menos de quatro anos depois, no Brasil já ninguém fala em piza. José Sarney, alma do PMDB, o maior partido brasileiro, acaba de ver a sua reforma dourada no Maranhão, estado cuja família (ou aliados) governou durante meio século, abalada por um pedido de prisão solicitado por Rodrigo Janot, procurador-geral da República que Sarney presidiu nos anos 1980.

"Estamos a assistir ao maior expurgo que esta classe política formada depois de 1945 já passou, a classe política e o sistema político-partidário estão incomodados enquanto a população celebra, é um novo Brasil", defende o cientista político Paulo Baía ao DN.

Collor de Mello, primeiro presidente eleito pós-redemocratização e único (por enquanto) destituído do cargo, chegou a chamar, em pleno Senado, "filho da puta" a Janot. Foi dias depois de a polícia apreender três carros supostamente pagos com dinheiro desviado do petrolão.

Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ministro das Finanças do falecido Itamar Franco e depois presidente, prestou depoimento em abril à polícia federal sobre o caso do pagamento a uma ex--amante através de um contrato fictício com uma empresa com bom trânsito em Brasília durante o seu governo.

Um caso que surgiu na imprensa ao mesmo tempo que Lula, sucessor de F.H.C., era levado a uma esquadra para responder sobre a posse não declarada de duas propriedades pagas por construtoras ligadas ao petrolão. Por causa da ligação a outra construtora, a Odebrecht, é suspeito de tráfico de influências internacional.

A sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), é julgada pelo Senado por causa das "pedaladas fiscais", tem as contas da sua campanha em 2014 sob investigação do Tribunal Eleitoral e foi citada duas vezes por delatores da Lava-Jato. Michel Temer (PMDB), o seu substituto, foi citado ainda mais vezes.

"É uma questão estrutural", adverte ao DN o colunista da revista Carta Capital Matheus Pichonelli. "E só terá efeitos saudáveis se a opinião pública entender que estes vícios não pertencem a um ou a outro lado político e sim a uma estrutura, caso contrário a possibilidade de cair em contos de oportunistas com discursos messiânicos é gigantesca", completa.

Além dos inquilinos do Planalto, também 40% dos senadores e 150 deputados têm questões por resolver com a justiça. Entre os quais os presidentes das duas casas, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, ambos do PMDB e os dois na lista de prisões pedida por Janot. No governo, apesar de dois ministros já terem caído por obstrução à Lava-Jato, metade deles ainda é alvo da justiça por motivos distintos. E Aécio Neves, do PSDB, o candidato derrotado por Dilma em 2014, é, como gracejava uma deputada do PT, "citado em todos os documentos do Brasil desde a carta do Pero Vaz de Caminha".

Mais surpreendente ainda: estrelas do outro lado, o privado, como os construtores Marcelo Odebrecht e Otávio de Azevedo ou o banqueiro André Esteves, outrora assíduos nas colunas do social, estão ou passaram pelos calabouços da polícia. E José Dirceu, claro, também. Mas entre o julgamento do mensalão e o caso do petrolão o antigo braço direito de Lula da Silva passou de manchete a nota de rodapé."

Fonte: Diário de Notícias

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